sábado, 5 de dezembro de 2009

Que o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer...

Paty diz:
e eu sei q vc nao fez e nem faz coisas por mal, de forma alguma, mas nao pensar mal nao significa q é pensar bem, vc simplesmente nao pensa nada, quando devia pensar. as vezes vc pode fazer uma coisa q pra vc pouco significa, mas que evitando vc tiraria um grannde peso q ficaria sobre alguém

eu sei que é um pouco óbvio, mas muitas vezes esquecemos de lembrar disso.
uma vez minha amiga me disse:
"As vezes a gente esquece que estamos o tempo todo lidando com o sentimento das pessoas e isso é coisa séria"

é sempre bom lembrar.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Você aí,
exaltando sua superioridade sobre mim,
Tentando equiparar-se às estrelas

enquanto eu...
lá embaixo,
nado no reflexo delas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Tirintim

Vocês sabem como é este lance de cores?
as mais claras são aquelas que absorvem pouca luz
Ou seja, o preto é o que absorve mais luz de todos
Apesar de ser a ausência de luz

Acho incrível como esta idéia de preto, escuridão, traduz tanta coisa relacionada a pessoas.

Tá cheio de gente por ai que é transparente
Que só vai andando e transmitindo luz
até que vem alguém e absorve tudo

elas continuam tendo a mesma cor
mas com o tempo, com certeza vao perdendo sua luminosidade

a infelicidade de ser iluminado
está exatamente na existência do contrário

e ainda tem quem nao entende porque tanta gente prefere se esconder na escuridao.
Lá, não se perde.
Nenhuma escuridão perde

Vivo sob a influência do que se ganha,
sabe?
"evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio para ser infeliz"
e como já dizia Lupicínio Rodrigues "gosto das mulheres más, porque elas me fazem sofrer, e sofrer faz música"

Então aí vai uma música com um tema um pouco triste, que pode ter sido resultado de alguma luminosidade perdida.
E agora, vejam só: até que me deu vontade de cintilar

http://www.youtube.com/watch?v=NWg6EzdX-04&feature=channel

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um conto de doido

ahhh vc nunca ouviu esta historia?
eu vou te contar, entao.

Tinha um cara forte, alto, bonito, com os olhos negros, pareciam duas grandes bolas pretas. Os amigos um pouco mais próximos brincavam muito com ele por causa dos seus pés pequenos que o faziam tropeçar sempre. Chamava atenção e era muito simpático com todos. Parecia possuir uma grade de assuntos que cabiam em qualquer conversa, como quando você conversa com alguém no elevador e fala sobre o tempo.

Tinha uma menina, que podia passar e quase ninguém ia ver. Pequenina, com mãos delicadas, dessas que tomam cuidado com os origames que fazem. Uma vez a vi fazer um desenho lindo de um coração todo sombreado, e mais bonito ainda era o céu azul e infinito que ficava de paisagem. Ela fazia muita coisa, principalmente arte e riso. Ah sim ela fazia riso e fazia fazerem ele também.

Um dia a menina começou a juntar muitos entulhos, ou objetos arcaicos, como quiser chamar. E o rapaz ria de longe, até que a construção ficou um tanto quanto engraçadinha e ele se aproximou. Com o tempo as pessoas se aproximavam e davam até alguns objetos pra ela colocar no que agora muitos chamavam de monumento.
- Monumento o quê?! - dizia o rapaz atormentado com tantas pessoas olhando pro monumento que brilhava nos olhinhos transparentes da menina.
E sem nada entender, confuso e estranho...ele chutou ao monumento com tanta vontade, TANTA vontade..
Mas como era de costume tropeçou e caiu de bunda no chão.
Mas ele fez vento com o movimento.
E a menina voou.
Teve gente que olhou e achou que fosse papel
Teve gente que achou que era pássaro.

Mas ela parou, dizem que numa nuvem.
Endireitou o vestido, sacudiu a poeira e sentou de perninhas cruzadas, quietinha.
Olhou pra baixo e estava o rapaz no chão.
Todo sujo ainda..

Teve gente boa que foi procurar a menina
Teve gente boa que foi levantar o rapaz
Teve gente indiferente que nada fez
e teve gente que nao entendeu.

E de tanta gente se movendo tao pequenininha la embaixo,
a menina nao sabia mais diferenciar quem era gente e quem era o rapaz.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pequenos atos como um aperto de mão, um levantar de sobrancelhas, um abraço...significam grandes coisas.
E grandes atos como o desmatamento, a corrupção, o buraco na camada de ozônio...qual o tamanho de seus significados?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Demorô Formá!

Apenas para expressar minha emoção quanto ao fato de o Rio de Janeiro ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Sempre cutuca na gente aquele problema dos roubos feitos pelo governo.
Sim, estamos mais uma vez a mercê de roubos estapafúrdicos que serão efetuados enquanto nós olhamos com cara de enbasbacados para as emoções de um evento mundial.

Quero dizer, no entanto, que isto, como o presidente Lula disse "estará muito além de um evento olímpico, mas representará o orgulho e o reconhecimento de um país".
Pela primeira vez: clap clap, Lula.

Há coisas que não tem preço. Realmente a estrutura disto tudo TEM, e podia ser um preço muito menor.
Mas eu repito: há coisas que não tem preço.

O continente que é a representação da exploração, que é a sede da escravidão, que por tantos anos foi impedido de expirar cultura por causa da ditadura militar, que há décadas se limitou à característica de subdesenvolvido...teve seu momento
Agora, o Brasil é a representação da união das nações de todo o mundo, é a sede dos Jogos Olímpicos, é a nação que expirou beleza frente a jurados que se contagiaram pelo calor do Rio de Janeiro, que agora não só é um país emergente, mas também é definitivamente reconhecido como a Cidade Maravilhosa.

terra de sonho e de luz!

www.youtube.com/watch?v=U3ciAv7wkJs

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sobre o que faz bem...

Após algum tempo sem escrever devido à volta às aulas, colocarei um texto que escrevi em uma delas.
A aula se chama Redação Publicitária. O professor pediu para que escrevêssemos um texto sobre nós mesmos e que imaginássemos que quem o leria seria o responsável em nos conceder ou não um estágio. Era preciso que neste texto constassem os seguintes ítens:
- Nome, idade...e o que mais quisesse sobre si mesmo
- Falar sobre sua personalidade
- Por que escolheu a publicidade como carreira?
- Em qual área mais se imagina?
- Informações profissionais
Aí vai o meu textinho:

Encantada. esta, com certeza, é uma palavra que ajuda muito a definir minha personalidade. Obviamente qualquer pessoa neste mundo se encanta com frequência, geralmente com aquilo que foge do cotidiano, do normal. Pode-se concluir então, que o encanto é algo comum. Dizer que eu sou encantada, por sua vez, também seria comum. No entanto, o meu encanto não é atribuído apenas àquilo que não costuma acontecer no meu dia a dia. Eu não espero o encanto aparecer, eu busco o encanto.
No começo da minha vida que, pode-se dizer bem normal, eu me deparava com um pôr-do-sol rosado e ficava maravilhada. A partir disto, comecei a buscar crepúsculos coloridos assim, da mesma forma que fazia com tudo aquilo que me gerava aquela determinada sensação. Esta idéia de busca foi se desenvolvendo de uma forma que eu percebi que não era necessário buscar tão longe para atingir meu objetivo.
Há elementos, acontecimentos que geram o fascínio de maneira óbvia. Outros não. O segredo está então em buscar.
A água que corre no rio de maneira violenta é incrível porque representa, de certa forma, a força da natureza. Creio que este fato é o que faz ser tão absurdo o fato de ela poder estar aprisionada em uma garrafa.
Isto que fez com que eu me interessasse pela propaganda. Ela exprime o que há de mais incrível em qualquer simples produto, objeto, serviço para encantar as pessoas de uma forma um pouco mais especial do que as coisas óbvias.
Hoje, com vinte anos, cursando o sexto período de publicidade na Puc-Rio, com dois estágios (um em atendimento na DM9-Rio e outro em redação na Unlike), eu posso dizer que este foi o melhor caminho que eu pude escolher. E, o fato de eu ter trabalhado em áreas tão diferentes fez com que eu percebesse que é necessário o esforço de cada uma delas, assim como todas as outras para que o trabalho seja finalizado da melhor maneira. Se o que me encanta é ver a propaganda acontecer, posso dizer que consigo me ver em qualquer área.

Encantada em conhecê-lo.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

saudade?

é quando dá vontade de dar um abraço bem gostoso. E se a pessoa nao está ali,
dá mais vontade ainda.

domingo, 26 de julho de 2009



Desculpem-me as crianças que são felizes com a fantasia,
Mas eu me divirto com a realidade.

terça-feira, 21 de julho de 2009

E lá estava ela.
Linda e maravilhosa,
Inteligente e estonteante...
Uma explosao de beleza, alegria, inteligencia...

Foi entao
que eu, ao observá-la,
Coloquei-a em um altar
E de maos dadas sai com aquela que nada disso era,
Mas que por inconsequencia,
Parecia muito mais interessante na moldura dos meus braços.





Para Fefa, que por mais que pareça que dali só saem besteiras, muita coisa inspira poesia...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Muito além do jardim

Hoje, volto eu de mais um dos saraus que minha tia dirige. O de hoje homenageava Nelson sargento e o unia a mais três grandes e mais jovens músicos: Diogo Nogueira, Arlindo Cruz e Leandro Sapucahy. Quem geralmente conduz, em formato de apresentador, o programa é o jornalista Chico Pinheiro, no entanto devido a certas causas ele, neste programa, foi substituído. Quem o fez, de maneira a mostrar sempre seu talento, foi Sandra Moreira.
Neste dia, parei para reparar o fascínio que possuo diante de pessoas como Nelson. Poeta, artista plástico, filósofo, compositor, sambista...
Ele estava lá, em frente a todos com seus 85 aninhos de existência e seus olhinhos alegres. Olhos esses que deviam estar tão brilhantes por traduzirem a áurea do que enxergavam. Luz seria a melhor palavra para descrevê-la. Energia de todos que ali estavam por sentirem aquela maravilhosa melodia passando pelos corpos que faziam a pele formigar se desfazendo na espontaneidade de sorrisos. Luz porque uma personalidade dessas inspira idéias.
O mundo é gigantesco e a quantidade de coisas as quais temos acesso é sem fim. É uma sensação de insignificância agradável.
Estou eu aqui, nesta madrugada, ouvindo música e pensando na minha vida. E como qualquer ser humano, encontro os problemas. Algo triste que vi, algo ruim que escutei. Tudo feito de um pensamento MEU, esta pessoa tão minúscula que é Patrícia Silveira.
E então esses problemas parecem aumentar diante dos limites do corpo, diante da minha coberta e de todo o meu quarto. Eu não sinto mais conforto, os objetos estão lá, mas parecem não mais existir. Sinto como se meu brilho desaparecesse.
Volto a pensar no Nelson e de tudo de bom que ele me transmitiu.
Como podemos deixar que seres tão inferiores façam com que sintamos algo tão forte que nos fazem esquecer de Nelson?!
Como podem nos deixar tristes se outras coisas tão mais fortes produzem nossa alegria?
É explicavelmente inacreditável e inexplicavelmente acreditável.
Hoje, acho que descobri a fórmula para se desgarrar de tais míseros descontentamentos que nos afligem em resultado de mãos e olhos alheios. É um único ingrediente. O além.
Quando você, ser insignificante diante da beleza da natureza e da magnitude das idéias não conseguir dormir porque ser quarto parece abrigar problemas e assim te consumir, lembre que ele é um quarto entre mil trilhões. E que dentre eles está aquele mesmo ser que te fez mal. Tão insignificante quanto, tão mísero...Mas que envolta existem mentes brilhantes produzindo aquilo que realmente é importante. Que há, emalgum lugar, um acorde perfeito sendo criado e que este, mesmo que pareça muito menor que um ser humano inteiro (como aquele que te fez mal), ele pode ser muito mais eterno e ser conservado por gerações.
Até mesmo um pequenina planta está fazendo algo mais significante que este ser “mal”, está produzindo oxigênio e conservando a vida.
Um ser com habilidade satisfaz o que possui necessidade. Um ser sem habilidades não pode te fazer sentir necessidade.
Criemos dentro de nós a capacidade de ver além de nossas janelas.
Isso faz dormir. Dormir faz sonhar. Sonhar é satisfazer. Satisfazer é prazer. Prazer é relaxar. Relaxar é descansar. Descansar faz acordar.
Acordar para um novo dia.
Acordar para o que está diante dos olhos.
Acordar para o mundo.
Acordar para si mesmo.
Acordar para o que, de fato, é bom.
Às vezes sinto como se o mal fosse um bloco, que pesa sobre nossas cabeças. O bom, a felicidade parece uma purpurina no ar. Apesar de impalpável está ali. E brilha.
Faça com que seus olhos mantenham-se brilhantes enquanto suas mãos expulsam os blocos.
Em outras palavras, vamos refletir, conseguir sentir o que há de subjetivamente bom nas coisas e evoluamos como seres. Por mais insignificantes que sejamos, seremos melhores que os outros, porque teremos dentro de nós a magnitude daquilo que vimos, refletimos e anteriormente guardamos para sempre.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A realidade é dura e muitas vezes atropela, mas o vento que a segue leva tanta coisa ruim que a alma parece mais pura e os movimentos libertos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Nosso "bom senso"


Disse hoje a uma pessoa:
-Você é uma das pessoas mais boas que já conheci
E ela me disse:
-mais boas? Isso existe? Não seria melhores?
-não. É como se eu dissesse que uma das pessoas mais más fosse uma das piores.
Engraçado isso não? Bom. Pessoa boa. Mau. Pessoa má. Boas. Pessoas boas. Más. Pessoas más. Melhores. Piores.
Não necessariamente as melhores pessoas são as boas para mim, assim como não necessariamente as pessoas más sejam as piores. Bem esquisito.
Ambiente de trabalho. Uma pessoa fala mal dos outros, inventa histórias, é corrupta. Ela ganha dinheiro pra empresa, faz o trabalho dela. Ela é má, pelo menos em minha concepção, pessoas com falta de ética são muito ruins. Essa pessoa seria uma das mais más que já conheci, no entanto não uma das piores.
Já perceberam também quantas vezes desprezamos certas atitudes de um namorado ou um amigo e mesmo assim achamo-los as melhores pessoas do mundo? E quanto àqueles que são tão bons e muitas vezes os achamos um saco?
Parece que quem fez a língua portuguesa pensou que isso seria unânime, pessoas boas seriam as melhores. Pessoas más seriam as piores.
Talvez eu tenha enrolado o meio de campo, o que quero dizer é:
Todos querem ser bons, porque é bom ser visto assim. A questão é:
Queremos ser bons em algo? Queremos ser bons para algo? Queremos ser uma pessoa boa? Queremos que os outros gostem de nós?
Parece-me muito que uma coisa anula a outra, na maioria das vezes.
Isso não deveria ser assim. Não mesmo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Realistas!


Venho hoje aqui falar sobre uma coisa muito esquisita que acontece com todo mundo. Vocês já repararam que as pessoas não podem dizer para outras o que elas fazem de bom? Agora de ruim todo mundo pode.
Vou dar um exemplo: eu, Patrícia Silveira, jogo futebol muito mal, isso é um fato que não há quem conteste. Se eu viro pra alguém e falo isso, a pessoa ou ri (se já tiver visto eu jogando, pq É um fato) ou fala “ah não deve ser tão mal assim” (se nunca tiver visto eu jogar). Agora vou pôr na balança algo positivo meu, eu escrevo bem. Isso é um fato também...Alguém contesta?! Pois é...mas se eu falar isso pra alguém a pessoa já vai me jogar aquele olhar de desaprovação do tipo “caraca ela está falando bem dela mesma”. E daí COLEGA??
Eu nunca fiz aula de futebol, nunca me esforçei muito pra jogar – tá bom, só um pouquinho. Agora eu li muito, de tudo quanto é tipo de coisa a minha vida toda. Eu leio notícias e mais notícias todos os dias, leio livros de leitura bem tranquila como Depois Daquela Viagem e outros bem complicados como Um amor de Swann do Marcel Proust. Faço faculdade de comunicação social e ouço críticas dos meus textos para que eles melhorem assim como estudo o Kotler. Faço provas sobre filosofia, antropologia e sociologia, para as quais eu tenho que estudar e ler textos escabrosos como Canclini, Foucault, George Orwel, Durkheim !! Além de tudo, adoro e tenho poesias e mais poesias que vão de Pablo Neruda e Vinicius de Moraes até Olavo Bilac e Alphonsus de Guimaraens - me digam então QUAL O PROBLEMA DE EU FALAR QUE ESCREVO BEM???...po, brother, me esforço pra isso!!
Venho então, por meio deste post fazer uma campanha! Digamos aos outros o que fazemos de bom...não há problema nenhum nisso. Sejamos realista, eu sei o que faço bem e o que faço mal.
Não é questão de se achar um máximo ou não! Tirem isso da cabeça!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Um Pouco de Poesia

Essa poesia é meio velha mas acho interessante a forma que ela foi feita. Ano de 2006, colégio ph, aula do Felipe Couto, de literatura, a matéria? não lembro direito. Lembro que as aulas dele sempre me faziam pensar, pensar sobre a vida ou sobre coisas de livros, de poesias mesmo, pensava muito em coisas q eu nem havia vivido, coisas que me dão saudade. Olha, parece até Índios do Legião Urbana que fala "De insistir nessa saudade Que eu sinto De tudo que eu ainda não vi.". Mas voltando, o Couto tava falando de amor, algo do tipo e eu e minha amiga Cíntia ficamos filosofando sobre o que ele dizia, acabei fazendo essa poesia que segue, com uma ajudinha da senhorita Cíntia Alabarce que sempre completa as palavras que me fogem. Para aqueles que não são acostumados em ler poesia, mas que merecem entender, o nome da poesia é Um Outro Sentido porque durante esta aula percebi que há um sentido definido para o olfato, o paladar, a visão, o tato, audição, que nada mais são do que tudo aquilo que podemos sentir fisicamente. No entanto, não há um sentido para sentimentos, principalmente o amor, que provoca dores, muitas vezes, físicas. Além de que para se amar é necessário ter tido ou sentir vontade de ter todos esses sentidos com a outra pessoa. Por isso, se repararem chega uma hora que em cada estrofe eu "descrevo" um sentido.

UM OUTRO SENTIDO

Sinto Sentindo Sentidos...

Pálpebras leves
Deixando que pelos caminhos, a ti, eu observe
Permaneço a mirar tal paisagem sem que me canses
Teu corpo, leio
E como fogo, no abrigo do teu olhar, ateio.

Me aproximo sentindo seu aroma,
Minhas pálpebras pesam de prazer.
Abro-as e certifico-me que é você

Começando a falar caprichosamente
Percebi que mudo poderia ser,
Já que você surdo parecia estar.
E nada falaria mais alto
Que o pulsar uníssono dentro de nosso peito

Salivo...
Sentir seu gosto, sua doçura
É o que mais almejo,
Deixando minhas pálpebras excitadas, tensas, atentas

Te toco, te acolho, mais próximo, mais perto
Junto.
E minhas pálpebras serram de alívio
Quando nossos lábios aderem-se

Mais, mais...Mais uma vez te sinto,
Mas dessa vez está mais que próximo
Mas que perto, mais que junto,
Transgrediu o abismo de nossos corpos inseparáveis
Instalando-se no cérebro dos apaixonados

Agora,
Não mais que visão, olfato, audição, tato.
Estes uniram-se, fundiram-se, embaralharam-se,
Perdendo-se...

Não mais identificados
Apenas sentidos
Mas que em seu anonimato
Tornam-se um único sentido
sensentido