quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Realistas!


Venho hoje aqui falar sobre uma coisa muito esquisita que acontece com todo mundo. Vocês já repararam que as pessoas não podem dizer para outras o que elas fazem de bom? Agora de ruim todo mundo pode.
Vou dar um exemplo: eu, Patrícia Silveira, jogo futebol muito mal, isso é um fato que não há quem conteste. Se eu viro pra alguém e falo isso, a pessoa ou ri (se já tiver visto eu jogando, pq É um fato) ou fala “ah não deve ser tão mal assim” (se nunca tiver visto eu jogar). Agora vou pôr na balança algo positivo meu, eu escrevo bem. Isso é um fato também...Alguém contesta?! Pois é...mas se eu falar isso pra alguém a pessoa já vai me jogar aquele olhar de desaprovação do tipo “caraca ela está falando bem dela mesma”. E daí COLEGA??
Eu nunca fiz aula de futebol, nunca me esforçei muito pra jogar – tá bom, só um pouquinho. Agora eu li muito, de tudo quanto é tipo de coisa a minha vida toda. Eu leio notícias e mais notícias todos os dias, leio livros de leitura bem tranquila como Depois Daquela Viagem e outros bem complicados como Um amor de Swann do Marcel Proust. Faço faculdade de comunicação social e ouço críticas dos meus textos para que eles melhorem assim como estudo o Kotler. Faço provas sobre filosofia, antropologia e sociologia, para as quais eu tenho que estudar e ler textos escabrosos como Canclini, Foucault, George Orwel, Durkheim !! Além de tudo, adoro e tenho poesias e mais poesias que vão de Pablo Neruda e Vinicius de Moraes até Olavo Bilac e Alphonsus de Guimaraens - me digam então QUAL O PROBLEMA DE EU FALAR QUE ESCREVO BEM???...po, brother, me esforço pra isso!!
Venho então, por meio deste post fazer uma campanha! Digamos aos outros o que fazemos de bom...não há problema nenhum nisso. Sejamos realista, eu sei o que faço bem e o que faço mal.
Não é questão de se achar um máximo ou não! Tirem isso da cabeça!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Um Pouco de Poesia

Essa poesia é meio velha mas acho interessante a forma que ela foi feita. Ano de 2006, colégio ph, aula do Felipe Couto, de literatura, a matéria? não lembro direito. Lembro que as aulas dele sempre me faziam pensar, pensar sobre a vida ou sobre coisas de livros, de poesias mesmo, pensava muito em coisas q eu nem havia vivido, coisas que me dão saudade. Olha, parece até Índios do Legião Urbana que fala "De insistir nessa saudade Que eu sinto De tudo que eu ainda não vi.". Mas voltando, o Couto tava falando de amor, algo do tipo e eu e minha amiga Cíntia ficamos filosofando sobre o que ele dizia, acabei fazendo essa poesia que segue, com uma ajudinha da senhorita Cíntia Alabarce que sempre completa as palavras que me fogem. Para aqueles que não são acostumados em ler poesia, mas que merecem entender, o nome da poesia é Um Outro Sentido porque durante esta aula percebi que há um sentido definido para o olfato, o paladar, a visão, o tato, audição, que nada mais são do que tudo aquilo que podemos sentir fisicamente. No entanto, não há um sentido para sentimentos, principalmente o amor, que provoca dores, muitas vezes, físicas. Além de que para se amar é necessário ter tido ou sentir vontade de ter todos esses sentidos com a outra pessoa. Por isso, se repararem chega uma hora que em cada estrofe eu "descrevo" um sentido.

UM OUTRO SENTIDO

Sinto Sentindo Sentidos...

Pálpebras leves
Deixando que pelos caminhos, a ti, eu observe
Permaneço a mirar tal paisagem sem que me canses
Teu corpo, leio
E como fogo, no abrigo do teu olhar, ateio.

Me aproximo sentindo seu aroma,
Minhas pálpebras pesam de prazer.
Abro-as e certifico-me que é você

Começando a falar caprichosamente
Percebi que mudo poderia ser,
Já que você surdo parecia estar.
E nada falaria mais alto
Que o pulsar uníssono dentro de nosso peito

Salivo...
Sentir seu gosto, sua doçura
É o que mais almejo,
Deixando minhas pálpebras excitadas, tensas, atentas

Te toco, te acolho, mais próximo, mais perto
Junto.
E minhas pálpebras serram de alívio
Quando nossos lábios aderem-se

Mais, mais...Mais uma vez te sinto,
Mas dessa vez está mais que próximo
Mas que perto, mais que junto,
Transgrediu o abismo de nossos corpos inseparáveis
Instalando-se no cérebro dos apaixonados

Agora,
Não mais que visão, olfato, audição, tato.
Estes uniram-se, fundiram-se, embaralharam-se,
Perdendo-se...

Não mais identificados
Apenas sentidos
Mas que em seu anonimato
Tornam-se um único sentido
sensentido