sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Você aí,
exaltando sua superioridade sobre mim,
Tentando equiparar-se às estrelas

enquanto eu...
lá embaixo,
nado no reflexo delas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Tirintim

Vocês sabem como é este lance de cores?
as mais claras são aquelas que absorvem pouca luz
Ou seja, o preto é o que absorve mais luz de todos
Apesar de ser a ausência de luz

Acho incrível como esta idéia de preto, escuridão, traduz tanta coisa relacionada a pessoas.

Tá cheio de gente por ai que é transparente
Que só vai andando e transmitindo luz
até que vem alguém e absorve tudo

elas continuam tendo a mesma cor
mas com o tempo, com certeza vao perdendo sua luminosidade

a infelicidade de ser iluminado
está exatamente na existência do contrário

e ainda tem quem nao entende porque tanta gente prefere se esconder na escuridao.
Lá, não se perde.
Nenhuma escuridão perde

Vivo sob a influência do que se ganha,
sabe?
"evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio para ser infeliz"
e como já dizia Lupicínio Rodrigues "gosto das mulheres más, porque elas me fazem sofrer, e sofrer faz música"

Então aí vai uma música com um tema um pouco triste, que pode ter sido resultado de alguma luminosidade perdida.
E agora, vejam só: até que me deu vontade de cintilar

http://www.youtube.com/watch?v=NWg6EzdX-04&feature=channel

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um conto de doido

ahhh vc nunca ouviu esta historia?
eu vou te contar, entao.

Tinha um cara forte, alto, bonito, com os olhos negros, pareciam duas grandes bolas pretas. Os amigos um pouco mais próximos brincavam muito com ele por causa dos seus pés pequenos que o faziam tropeçar sempre. Chamava atenção e era muito simpático com todos. Parecia possuir uma grade de assuntos que cabiam em qualquer conversa, como quando você conversa com alguém no elevador e fala sobre o tempo.

Tinha uma menina, que podia passar e quase ninguém ia ver. Pequenina, com mãos delicadas, dessas que tomam cuidado com os origames que fazem. Uma vez a vi fazer um desenho lindo de um coração todo sombreado, e mais bonito ainda era o céu azul e infinito que ficava de paisagem. Ela fazia muita coisa, principalmente arte e riso. Ah sim ela fazia riso e fazia fazerem ele também.

Um dia a menina começou a juntar muitos entulhos, ou objetos arcaicos, como quiser chamar. E o rapaz ria de longe, até que a construção ficou um tanto quanto engraçadinha e ele se aproximou. Com o tempo as pessoas se aproximavam e davam até alguns objetos pra ela colocar no que agora muitos chamavam de monumento.
- Monumento o quê?! - dizia o rapaz atormentado com tantas pessoas olhando pro monumento que brilhava nos olhinhos transparentes da menina.
E sem nada entender, confuso e estranho...ele chutou ao monumento com tanta vontade, TANTA vontade..
Mas como era de costume tropeçou e caiu de bunda no chão.
Mas ele fez vento com o movimento.
E a menina voou.
Teve gente que olhou e achou que fosse papel
Teve gente que achou que era pássaro.

Mas ela parou, dizem que numa nuvem.
Endireitou o vestido, sacudiu a poeira e sentou de perninhas cruzadas, quietinha.
Olhou pra baixo e estava o rapaz no chão.
Todo sujo ainda..

Teve gente boa que foi procurar a menina
Teve gente boa que foi levantar o rapaz
Teve gente indiferente que nada fez
e teve gente que nao entendeu.

E de tanta gente se movendo tao pequenininha la embaixo,
a menina nao sabia mais diferenciar quem era gente e quem era o rapaz.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pequenos atos como um aperto de mão, um levantar de sobrancelhas, um abraço...significam grandes coisas.
E grandes atos como o desmatamento, a corrupção, o buraco na camada de ozônio...qual o tamanho de seus significados?