segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um conto de doido

ahhh vc nunca ouviu esta historia?
eu vou te contar, entao.

Tinha um cara forte, alto, bonito, com os olhos negros, pareciam duas grandes bolas pretas. Os amigos um pouco mais próximos brincavam muito com ele por causa dos seus pés pequenos que o faziam tropeçar sempre. Chamava atenção e era muito simpático com todos. Parecia possuir uma grade de assuntos que cabiam em qualquer conversa, como quando você conversa com alguém no elevador e fala sobre o tempo.

Tinha uma menina, que podia passar e quase ninguém ia ver. Pequenina, com mãos delicadas, dessas que tomam cuidado com os origames que fazem. Uma vez a vi fazer um desenho lindo de um coração todo sombreado, e mais bonito ainda era o céu azul e infinito que ficava de paisagem. Ela fazia muita coisa, principalmente arte e riso. Ah sim ela fazia riso e fazia fazerem ele também.

Um dia a menina começou a juntar muitos entulhos, ou objetos arcaicos, como quiser chamar. E o rapaz ria de longe, até que a construção ficou um tanto quanto engraçadinha e ele se aproximou. Com o tempo as pessoas se aproximavam e davam até alguns objetos pra ela colocar no que agora muitos chamavam de monumento.
- Monumento o quê?! - dizia o rapaz atormentado com tantas pessoas olhando pro monumento que brilhava nos olhinhos transparentes da menina.
E sem nada entender, confuso e estranho...ele chutou ao monumento com tanta vontade, TANTA vontade..
Mas como era de costume tropeçou e caiu de bunda no chão.
Mas ele fez vento com o movimento.
E a menina voou.
Teve gente que olhou e achou que fosse papel
Teve gente que achou que era pássaro.

Mas ela parou, dizem que numa nuvem.
Endireitou o vestido, sacudiu a poeira e sentou de perninhas cruzadas, quietinha.
Olhou pra baixo e estava o rapaz no chão.
Todo sujo ainda..

Teve gente boa que foi procurar a menina
Teve gente boa que foi levantar o rapaz
Teve gente indiferente que nada fez
e teve gente que nao entendeu.

E de tanta gente se movendo tao pequenininha la embaixo,
a menina nao sabia mais diferenciar quem era gente e quem era o rapaz.

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